Só quero que o dia acabe
E leve com ele absurdos
E barbaridades.
Expurgos do anjo covarde,
Infames mediocridades.
Só quero que o dia acabe
E leve com ele esta insanidade
Que destroça minha mente
E me afoga com facilidade
Lágrimas do infeliz covarde.
Só quero que o dia acabe
A luz se apague,
O escuro cubra tudo,
E o dia jamais raie...
Cristianidades,autofagia literária.
Palavras, ásperas, palavras... Juntas, (ini)amigas palavras... Dissertadas inversamente em insones madrugadas. Criatura iluminada por vela negra, distribui apenas palavras...
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domingo, 24 de agosto de 2014
Lágrima
E está lágrima que insiste em cair.
"-Pare, eu ordeno!"
Melindrosa, se encolhe e do nada...
... escorre!
Molha o rosto...
Encharca a alma.
Borra a máscara da tristeza,
Se desmancha sem nobreza.
E desata o nó da garganta.
Aah esta lágrima que insiste em cair...
"-Pare, eu ordeno!"
Melindrosa, se encolhe e do nada...
... escorre!
Molha o rosto...
Encharca a alma.
Borra a máscara da tristeza,
Se desmancha sem nobreza.
E desata o nó da garganta.
Aah esta lágrima que insiste em cair...
Escombros
No canto escuro
Absurdos dispostos;
Desesperos compostos;
Restos, sangue, ossos...
No canto escuro,
Apenas remorsos.
Lágrimas insossas;
Objetos, resquícios e destroços.
No canto escuro,
Alma penada...
Escondida, encolhida...
Insegura...
apavorada!
Absurdos dispostos;
Desesperos compostos;
Restos, sangue, ossos...
No canto escuro,
Apenas remorsos.
Lágrimas insossas;
Objetos, resquícios e destroços.
No canto escuro,
Alma penada...
Escondida, encolhida...
Insegura...
apavorada!
terça-feira, 20 de dezembro de 2011
Um dia normal.
"Conto de um qualquer..."
Era um dia normal, de uma data qualquer, Joãos, Marias, Josés iam pra lá e pra cá.
O sol brilhava e a lua intrometida espiava o dia quente, ponto branco naquele céu azul azulíssimo.
Parecia ser um dia normal, porém não entendia o motivo do chão estar macio e as paredes bailarem libidinosas e insinuantes.
Era um dia normal e como sempre depois do trabalho, assentava sua bunda gorda num banco de algum boteco qualquer, assuntava conversas alheias, fumaça, bebia cervejas e cervejas...
Naquele dia abafado, o suor escorria-lhe na face vermelha e na careca lustrosa fustigada pelo sol, aquela cidade poluída, infernal, de um trânsito caótico, engarrafado, motociclistas suicidas, pedintes e mendigos zumbis, gentes e gentes...
Era um dia normal, as palavras então começaram a lhe sair confusas e embaralhadas, passos tortos por caminhos confusos, vontades anestesiadas.
Um dia normal, numa cidade estranha, onde pessoas falavam de um jeito arrastado. Pra variar se sentia deslocado, por entre aquela gente, sua vida a muito o fazia se sentir assim deslocado, pois cada dia em um lugar diferente, seu vai e vem diário, rodoviárias, aeroportos, hotéis...
Longe de sua gente, de sua cidade, vivendo sem fronteiras com a mala sempre pronta, passando de cidade em cidade, com suas amizades instantâneas e conversas pela metade, amizades biodegradáveis.
No quarto vazio com sua paredes mortas, caiadas de solidão, lhe aguardava apenas uma mala meio desfeita.
Só o álcool amigo supria seu vazio, sua saudade.
Era um dia normal, sob seus pés, vertígens abissais lhe acautelavam o caminhar pela rua sinuosa e lenta.
Visões etílicas desfilavam libidinosas e envolventes, paredes esquivas impediam-lhe o toque.
Tudo a sua volta parecia tão diferente e esguio.
Paisagens girantes...
Turbilhão etílico de espectros assombrantes com feições decomposta, o álcool transmutava tudo e embrulhava seu estômago azedo.
Agônico e suado expurga o seu azedume e decora a imunda calçada com sua obra abstrata...
Era um dia normal...
Era um dia normal, de uma data qualquer, Joãos, Marias, Josés iam pra lá e pra cá.
O sol brilhava e a lua intrometida espiava o dia quente, ponto branco naquele céu azul azulíssimo.
Parecia ser um dia normal, porém não entendia o motivo do chão estar macio e as paredes bailarem libidinosas e insinuantes.
Era um dia normal e como sempre depois do trabalho, assentava sua bunda gorda num banco de algum boteco qualquer, assuntava conversas alheias, fumaça, bebia cervejas e cervejas...
Naquele dia abafado, o suor escorria-lhe na face vermelha e na careca lustrosa fustigada pelo sol, aquela cidade poluída, infernal, de um trânsito caótico, engarrafado, motociclistas suicidas, pedintes e mendigos zumbis, gentes e gentes...
Era um dia normal, as palavras então começaram a lhe sair confusas e embaralhadas, passos tortos por caminhos confusos, vontades anestesiadas.
Um dia normal, numa cidade estranha, onde pessoas falavam de um jeito arrastado. Pra variar se sentia deslocado, por entre aquela gente, sua vida a muito o fazia se sentir assim deslocado, pois cada dia em um lugar diferente, seu vai e vem diário, rodoviárias, aeroportos, hotéis...
Longe de sua gente, de sua cidade, vivendo sem fronteiras com a mala sempre pronta, passando de cidade em cidade, com suas amizades instantâneas e conversas pela metade, amizades biodegradáveis.
No quarto vazio com sua paredes mortas, caiadas de solidão, lhe aguardava apenas uma mala meio desfeita.
Só o álcool amigo supria seu vazio, sua saudade.
Era um dia normal, sob seus pés, vertígens abissais lhe acautelavam o caminhar pela rua sinuosa e lenta.
Visões etílicas desfilavam libidinosas e envolventes, paredes esquivas impediam-lhe o toque.
Tudo a sua volta parecia tão diferente e esguio.
Paisagens girantes...
Turbilhão etílico de espectros assombrantes com feições decomposta, o álcool transmutava tudo e embrulhava seu estômago azedo.
Agônico e suado expurga o seu azedume e decora a imunda calçada com sua obra abstrata...
Era um dia normal...
A prostituta
No canto escuro
Corpo, alma, vulto.
Lânguida criatura
Desfila libidinosa
..................insegura.
Um ou dois passantes
Inconsoláveis com seus corvos
Empoleirados nos ombros.
"-Corvos gordos e robustos!"
A alma perdida
Esfumaceia a avenida
E fere o silêncio com seu salto...
Passo a passo, sangra a calçada.
Em sua costas as marcas
das asas amputadas sangram...
Pobre anjo caído, expulso da nuvem.
Vagueia agora, carne exposta
...................corpo a mostra,
A mendigar trocados,
Trocados trocados por afetos.
Pobre vulto oculto
Em noite clara
Resto d'Alma que chora silenciosa
Enquanto seu caminhas se endireita
...................co'as passadas tortas...
Corpo, alma, vulto.
Lânguida criatura
Desfila libidinosa
..................insegura.
Um ou dois passantes
Inconsoláveis com seus corvos
Empoleirados nos ombros.
"-Corvos gordos e robustos!"
A alma perdida
Esfumaceia a avenida
E fere o silêncio com seu salto...
Passo a passo, sangra a calçada.
Em sua costas as marcas
das asas amputadas sangram...
Pobre anjo caído, expulso da nuvem.
Vagueia agora, carne exposta
...................corpo a mostra,
A mendigar trocados,
Trocados trocados por afetos.
Pobre vulto oculto
Em noite clara
Resto d'Alma que chora silenciosa
Enquanto seu caminhas se endireita
...................co'as passadas tortas...
sexta-feira, 4 de novembro de 2011
Mais palavras de ÜRH
N.A - mais palavras de "ÜRH", do pergaminho encontrado sobre um tufo de margaridas.
Frases de ÜRH:
Ninguém dá conselhos, no máximo se metem em sua vida!
Portas foram feitas para nos separar de todo o lixo que nos rodeia.
Estou cercado de olhos abutres! Cadê o punhal, para que eu vaze alguns olhos?
Não se apegue a ninguém, pessoas morrem e você ficará sozinho!
A tristeza é a única coisa que existe!
Frases de ÜRH:
Ninguém dá conselhos, no máximo se metem em sua vida!
Portas foram feitas para nos separar de todo o lixo que nos rodeia.
Estou cercado de olhos abutres! Cadê o punhal, para que eu vaze alguns olhos?
Não se apegue a ninguém, pessoas morrem e você ficará sozinho!
A tristeza é a única coisa que existe!
Quando fico triste, caneta em riste...
A fortaleza erigida
Desmorona rendida
Histórias desfeitas
Vontades esquecidas
Amores perdidos
Inverdades vividas...
...e oque restou hoje, são apenas recordações mofadas, escondida em algum canto de minha debilitada mente envelhecida.
Saudades cheirando a ilusão...
Desmorona rendida
Histórias desfeitas
Vontades esquecidas
Amores perdidos
Inverdades vividas...
...e oque restou hoje, são apenas recordações mofadas, escondida em algum canto de minha debilitada mente envelhecida.
Saudades cheirando a ilusão...
quinta-feira, 3 de novembro de 2011
Conselhos de ÜRH
N.A - "foi plantando flores, que encontrei um velho baú e nele havia um pergaminho embolorado e com alguns rabiscos, vía-se 'Conselhos de ÜRH', quem seria ÜRH? Resolvi ler e agora transcrevo os lamentos de um qualquer que teve que enterrar suas opiniões..."
1-desconfie das pessoas amorosas demais, elas são falsas.
2-se afaste dos pseudo-otimistas
3-desconfie das pessoas que apontam erros.
4-realistas não são negativos, a verdade sempre é dura.
5-não dependa de ninguém.
6-controle, não seja controlado
7-pessoas verdadeiras são aquelas que não lhe dizem nada.
8-ninguém nos acrescenta nada.
9-leia muito
10-leia tudo.
11-reinvente histórias
12-acredite em você mesmo.
13-aprenda sozinho.
14-esqueça os mortos.
15-não se apegue a ninguém, pessoas morrem.
16-não plante flores, elas só juntas insetos e borboletas idiotas.
17-tenha cuidado, ser humano é frágil.
18- erre! não a letra "R", erre de ERRAR!
19-não se preocupe com quê os outros pensam, eles não pensam.
20-não confie em niguém.
21-ame a solidão, ficar só nos torna auto-conhecedores.
22-não seja ambicioso.
23-siga a ordem natural das coisas.
24-a morte é o fim! Senão porque morrer?
25-Felicidade não existe.
26-seja franco e faça disso uma virtude.
27-ninguém ajuda ninguém.
28-não ajude ninguém.
29-vacas e galinhas são animais idiotas, por isso servem de alimentos.
30-desconfie de tudo e todos.
31-não ria a toa.
32-se arrependa.
33-siga os caminhos opostos.
34-não seja organizado, pessoas limitadas carecem de organização.
35-nunca siga em frente, use os desvios.
36-não minta.
37-polua.
38-desmate.
39-plante um poste.
40-regue um prédio.
41-fisgue uma sereia.
42-cultive uma floresta de árvores mortas.
43-beba água.
44-evite o sol.
45-olhe para os dois lados ao atravessar a rua.
46-Ouça rock.
47-não idolatre niguém e nem coisa alguma.
48-fuja dos paradigmas.
49-esmague um jardim florido.
50-viaje.
51-chore.
52-tenha raiva.
53-odeie.
54-quebre um osso.
55-morda a língua.
56-pegue gripe.
57-se perca.
58-faça um para-quedas com um guardachuvas velho.
59-não siga ordem.
60-seja curioso.
61-não se importe com os outros.
62-não sinta pena, nem de si.
63-amor não existe.
64-felicidade é um breve momento de idiotia.
65-Não ouça conselhos.
66-não confie em quem dá conselhos.
67-por fim, viva ao seu modo!
Estes conselhos de um ninguém, são expurgos de um momento absurdo qualquer, dos dias que vaguei exasperados por este mundo sem razão. Cansei das máscaras sociais e resolvi me aconselhar. São palavras para meu eu, perdido e desorientado, sem vontade alguma de coisa alguma, perdido em minha ebriedade constantes da efemeridades deste mundo vazio e imundo.
ASS: ÜRH STRACHTISTCKY
1-desconfie das pessoas amorosas demais, elas são falsas.
2-se afaste dos pseudo-otimistas
3-desconfie das pessoas que apontam erros.
4-realistas não são negativos, a verdade sempre é dura.
5-não dependa de ninguém.
6-controle, não seja controlado
7-pessoas verdadeiras são aquelas que não lhe dizem nada.
8-ninguém nos acrescenta nada.
9-leia muito
10-leia tudo.
11-reinvente histórias
12-acredite em você mesmo.
13-aprenda sozinho.
14-esqueça os mortos.
15-não se apegue a ninguém, pessoas morrem.
16-não plante flores, elas só juntas insetos e borboletas idiotas.
17-tenha cuidado, ser humano é frágil.
18- erre! não a letra "R", erre de ERRAR!
19-não se preocupe com quê os outros pensam, eles não pensam.
20-não confie em niguém.
21-ame a solidão, ficar só nos torna auto-conhecedores.
22-não seja ambicioso.
23-siga a ordem natural das coisas.
24-a morte é o fim! Senão porque morrer?
25-Felicidade não existe.
26-seja franco e faça disso uma virtude.
27-ninguém ajuda ninguém.
28-não ajude ninguém.
29-vacas e galinhas são animais idiotas, por isso servem de alimentos.
30-desconfie de tudo e todos.
31-não ria a toa.
32-se arrependa.
33-siga os caminhos opostos.
34-não seja organizado, pessoas limitadas carecem de organização.
35-nunca siga em frente, use os desvios.
36-não minta.
37-polua.
38-desmate.
39-plante um poste.
40-regue um prédio.
41-fisgue uma sereia.
42-cultive uma floresta de árvores mortas.
43-beba água.
44-evite o sol.
45-olhe para os dois lados ao atravessar a rua.
46-Ouça rock.
47-não idolatre niguém e nem coisa alguma.
48-fuja dos paradigmas.
49-esmague um jardim florido.
50-viaje.
51-chore.
52-tenha raiva.
53-odeie.
54-quebre um osso.
55-morda a língua.
56-pegue gripe.
57-se perca.
58-faça um para-quedas com um guardachuvas velho.
59-não siga ordem.
60-seja curioso.
61-não se importe com os outros.
62-não sinta pena, nem de si.
63-amor não existe.
64-felicidade é um breve momento de idiotia.
65-Não ouça conselhos.
66-não confie em quem dá conselhos.
67-por fim, viva ao seu modo!
Estes conselhos de um ninguém, são expurgos de um momento absurdo qualquer, dos dias que vaguei exasperados por este mundo sem razão. Cansei das máscaras sociais e resolvi me aconselhar. São palavras para meu eu, perdido e desorientado, sem vontade alguma de coisa alguma, perdido em minha ebriedade constantes da efemeridades deste mundo vazio e imundo.
ASS: ÜRH STRACHTISTCKY
Antropófagos urbanos
Na urbe
imunda criatura
se arrasta insegura
agarrada a vida
desalmada e burra
com seus olhos cinzas
e ilusões de felicidades.
imunda criatura
se arrasta insegura
agarrada a vida
desalmada e burra
com seus olhos cinzas
e ilusões de felicidades.
Um diário
Catei versos
Perdidos em meu verbo
Desorientado rabisquei
Juntei letra e ansiedade
Acoado em meu mundo
Mudo e covarde,
desprovido de dicionário
Expurguei inconstâncias
e escrevi meu diário...
"um nome a tudo,
uma razão ao mundo,
uma certeza de nada."
Perdidos em meu verbo
Desorientado rabisquei
Juntei letra e ansiedade
Acoado em meu mundo
Mudo e covarde,
desprovido de dicionário
Expurguei inconstâncias
e escrevi meu diário...
"um nome a tudo,
uma razão ao mundo,
uma certeza de nada."
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