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terça-feira, 14 de junho de 2011

Velhos tempos (de quando eu vagamundeava nas madrugadas de Joinville)

Olho para trás e vejo sonhos velhos
Palavras espalhadas, empoeiradas
jogadas pelos cantos.
vontades esquecidas
desejos abandonados
perdidos pelas praças
sob os bancos de pedra da Nereu.
Outras naufragaram no laguinho do museu
ou jazem sepultadas
no cemitério dos imigrantes
ainda ouço ecos nas ruas vazias
resquícios das conversas frívolas
etéreas revoltas juvenis
cheirando a álcool e biscoito
vinho barato e roto
as calçadas ainda guardam as pegadas
das andanças intermináveis
na busca do velho rock'n'roll
nômades vestindo negro
de almas claras e asas cortadas
sangram a madrugada silenciosa.
em nossos rostos ébrios, coragem
em nossas palavras amarradas,
Desejos e vontades berradas
para quem quisesse ou não ouvir.
Na poeira da rua
no cheiro do vinho
na languidez da fumaça proibida
fica para trás escondida
a etérea vida perdida, esquecida...

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