Cato uma palavra
Colo num verso
Rabisco um poema
Expurgo meus restos...
No pingo da chuva de verão
Vinha junto, vento, angústia
e um baita barulho do trovão.
Tanta coisa que se foi
muito que ainda vai
o futuro me assusta
o passado me distraí.
Ela veio de longe
com seus olhos infantis
bela menina do soriso lindo
e de sonhos pueris...
Minha língua na boca se retorce,
a culpa é das borboletas que engoli,
quando num jardim florido
ao roubar rosas me perdi...
Ébrio, rabisco sóbrias palavras
na tarde fria, alma vazia
rabiscas palavras sombrias.
O silêncio é interrompido,
soa um alarme.
Uma hora grito outro silvo.
Perdido entre palavras tortas,
rabisco resto, desejos descompostos.
Mentiras completas, verdades mortas
Vomito meus restos e outro monte de bosta...
Tudo oque resta
são sobras da festa.
O ranso, o vômito
e tudo aquilo que não presta...
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