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terça-feira, 12 de abril de 2011

Perdido no tempo

Olho para trás e vejo velhos santos,
palavras espalhadas, empoeiradas
jogadas pelos cantos.
Vontades esquecidas,
desejos abandonados,
perdidos pela praça
sob os bancos de pedra da Nereu.
Naufragados no lago do museu ou
sepultados nas ruínas do imigrante.
Ainda ouço ecos nas ruas vazias,
resquícios de conversas frias,
etéreas mudanças juvenis,
cheirando a biscoito,
vinho barato e roto.
Nas calçadas ainda as pegadas
das andanças intermináveis,
na busca do bom e velho rock.
Nômades vestidos de negro,
d'almas brancas e asas cortadas...
Olho pra trás e vejo tudo,
olho pra frente e não vejo nada...

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